sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O fascínio pelas tecnologias - Publicado na revista Tecnologia Educacional.

Lemos, com freqüência, que as tecnologias de comunicação estão provocando profundas mudanças em todas as dimensões da nossa vida. Elas vêm colaborando, sem dúvida, para modificar o mundo. A máquina a vapor, a eletricidade, o telefone, o carro, o avião, a televisão, o computador, as redes eletrônicas contribuíram para a extraordinária expansão do capitalismo, para o fortalecimento do modelo urbano, para a diminuição das distâncias. Mas, na essência, não são as tecnologias que mudam a sociedade, mas a sua utilização dentro do modo de produção capitalista, que busca o lucro, a expansão, a internacionalização de tudo o que tem valor econômico.
Os mecanismos intrínsecos de expansão do capitalismo apressam a difusão das tecnologias, que podem gerar ou veicular todas as formas de lucro. Por isso há interesse em ampliar o alcance da sua difusão, para poder atingir o maior número possível das pessoas economicamente produtivas, isto é, das que podem consumir.
O capitalismo visa essencialmente o lucro. Tanto as tecnologias -o hardware- como os serviços que elas propiciam -os programas de utilização- crescem pela organização empresarial que está por trás e que as torna viáveis numa economia de escala. Isto é, quanto maior a sua expansão no mercado mundial, mais baratas se tornam e, com isso, mais acessíveis.
As tecnologias viabilizam novas formas produtivas. As redes de comunicação permitem o processo de distribuição "just in time", em tempo real, com baixos estoques. Permitem a produção compartilhada, ogroupware, permitem o aparecimento do tele-trabalho -poder estar conectado remotamente à sede da empresa e a outros setores, situados em lugares diferentes. Mas tudo isso são formas de expressão da expansão capitalista na busca de novos mercados, de racionalizar custos, de ganhar mais.
A rede Internet foi concebida para uso militar. Com medo do perigo nuclear, os cientistas criaram uma estruturação de acesso não hierarquizada, para poder sobreviver no caso de uma hecatombe. Ao ser implantada a rede nas universidades, esse modelo não vertical se manteve e com isso propiciou-se a criação de inúmeras formas de comunicação não previstas inicialmente. Todos procuram seus semelhantes, seus interesses. 
Cada um busca a sua "turma".Ninguém impõe o que você deve acessar na rede. Nela você encontra desde o racismo mais agressivo ou a pornografia mais deslavada até discussões sérias sobre temas científicos inovadores.
A Internet continua sendo uma rede para uso militar. Também continua sendo utilizada para pesquisa no mundo inteiro.Mas agora existe também para todo tipo de negócios e formas de comunicação. A tecnologia basicamente é a mesma, mas hoje está mais acessível, com mais opções, mais mercados, mais pessoas.

Sustentabilidade




A sustentabilidade tem como objetivo promover a exploração de áreas ou o uso de recursos planetários (naturais ou não) de forma a prejudicar o menos possível o equilíbrio entre o meio ambiente e as comunidades humanas e toda a biosfera que dele dependem para existir. 
Pode parecer um conceito difícil de ser implementado e, em muitos casos, economicamente inviável. No entanto, não é bem assim. Mesmo nas atividades humanas altamente impactantes no meio ambiente como a mineração; a extração vegetal, a agricultura em larga escala; a fabricação de papel e celulose e todas as outras; a aplicação de práticas sustentáveis nesses empreendimentos; revelou-se economicamente viável e em muitos deles trouxe um fôlego financeiro extra.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Meio Ambiente - USJT

Educação X Meio Ambiente

Falta Educação ambiental para quem mais precisa

Estados amazônicos, que abrigam a floresta tropical mais importante (e debatida) do mundo, não levam o ensino sobre meio ambiente à rede pública com a devida qualidade

Enquanto o mundo inteiro volta suas atenções para a importância da floresta amazônica como local a ser preservado e explorado de forma sustentável, apenas germina a Educação Ambiental nas escolas públicas da região Norte. Para especialistas ouvidos por NOVA ESCOLA ONLINE, a maioria dos projetos mantidos pelas secretarias estaduais de Educação são frágeis como qualquer árvore diante de uma motoserra.

Levantamento feito pela reportagem na semana passada em todos os estados da região revela ações desconexas e capacitações esporádicas que dificultam uma reverberação sólida nas unidades de ensino, onde estudam 2,2 milhões de alunos. “É um engano pensar que festas na semana do meio ambiente, plantação de mudas ou seminários desprovidos de um processo contínuo de formação são suficientes”, avalia Neide Nogueira, coordenadora de Temas Transversais dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), em entrevista exclusiva.

A descontinuidade política é outro obstáculo, já que os governos estaduais são autônomos e suas secretarias mudam muito de mãos. “O papel do Ministério da Educação (MEC) é fazer a animação política sobre o tema. A prática cabe aos estados. Porém, os projetos têm acontecido num esquema de pisca-pisca, de permanência muito instável, por espasmos, e, para piorar, na região que concentra boa parte dos maus resultados do Ideb”, diz Rachel Trajber, coordenadora de Educação Ambiental no MEC.

A carga horária excessiva dos docentes também atrapalha. “Existe um sistema perverso, já que as grandes leis da Educação falam em assuntos nobres como temas transversais, autonomia do professor, aperfeiçoamento constante, mas a realidade em boa parte da região Norte é de extensas jornadas de aulas, em que dificilmente o educador consegue executar um trabalho bem feito”, interpreta Silvia Pompeia, consultora dos PCN’s com vasta experiência em implementação de programas de Educação Ambiental em redes públicas do Brasil e do exterior.

A exceção fica por conta do Acre, estado que apresenta o trabalho mais sólido da região, sustentado por um plano de carreira bem montado, pela tratamento curricular da Educação Ambiental e pela importância que se dá para formação continuada no tema.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Tecnologia na Educação - José Manuel Moran - Comentário

Uma mente aberta, interativa e  participativa  nas tecnologias, encontrá ferramentas de grande ajuda e utilidade para ampliar seu conhecimento. As tecnologias não substituem o professor, mas modificam  algumas funções. É maravilhoso crescer, evoluir, comunicar-se com tantas tecnologias de apoio. Mas é decepcionante constatar que muitos só utilizam a técnologia superficialmente sem dar o devido valor. Depende de nós o incentivo que damos aos alunos.